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EQUILIBRIO DAS FORÇAS
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O mundo exemplar das ideias deve ser entendido como o TODO SENSÍVEL, porém, aquilo ou aquele que existe tão somente para ocupar e esterilizar espaço, deve ser sumariamente abolido, com pena desse TODO se desestabilizar. Erva daninha deve ser retira pela raiz, e assim mesmo, há que se prestar muita atenção, do contrário, suas sementes que foram jorradas ao chão, germinam e matam a roseira em flor.

A natureza deve ser pensada, contemplada, entendida e amada, e, lembrando, o ser humano faz parte dessa grande engrenagem. Mas, quais ideias sensíveis servem de modelo quando se trata de qualificar o que se quer copiar?

Diferentes culturas produzem modelos diferenciados, mas seria excelente se convergissem em alguns aspectos morais tais como: ética, sensibilidade para o bom e o belo, altruísmo e amor ao próximo. Aí sim o torto do tronco não incomodaria, ao contrário, seria parte integrante da doçura das boas diferenças de que é concebido o SER.

O tão almejado equilíbrio entre as forças antagônicas existentes dentro de cada um de nós, dificilmente será alcançado. Então, tentar orbitar o mais próximo possível do ponto deste equilíbrio é o mais sensato. O mundo das ideias sensíveis necessita de exercícios diários para que os bons valores possam ser exaltados.

Estamos em constante movimento, e por vezes ficamos a deriva, mas os valores morais e éticos no mundo sensível dos humanos devem permanecer inalterados. Quando a desatenção, o descaso, o egoísmo e tantos outros pejorativos se exaltam, o desequilíbrio acontece aumentando o número de espelhos distorcidos. Os incautos copiam esses modelos, e o número do desequilíbrio cresce vertiginosamente. Assim, o TODO SENSÍVEL se ressente e se encolhe.

Fragmentos resultantes da dicotomia que o próprio SER produz ao longo de sua jornada, são multiplicados e invadem os inadvertidos e/ou acomodados. Nada é tão complexo quanto a facilidade com que as pessoas se adéquam ao vazio do “não prestar atenção”. Fuga, incompetência ou egoísmo? Seja lá o que for, é triste constatar que o árduo trabalho de uma minoria, pouco alcança a extensão desejada.

Então, sociedades alternativas são criadas. De qualquer modo, não deixa de ser uma reclusão voluntária, posto que, por ora, essa é uma das poucas saídas encontradas para se viver dignamente, sem perder de vez a sanidade mental.

Anita Cimirro (10.03.2016)





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